Em 2016, após ter experiências ruins com entregas de hamburguerias, Gabriel Régis, de 30 anos, decidiu que iria abrir um restaurante especializado nessa área. Não seria algo novo. Seus pais têm negócios no setor, e o próprio Régis já tinha experiência. No entanto, empreendedorismo e criação de delivery eram novidades. “Eu sabia o que queria: uma entrega ágil para o alimento não esfriar, com boa apresentação no momento de desembalar, além de sabor”, diz Régis. Foi então que ele juntou suas economias e abriu uma loja pequena na Barra da Tijuca, bairro de classe média do Rio de Janeiro. Daí veio a inspiração para o nome da franquia de hambúrguer: “O Burguês”. O lançamento da primeira loja aconteceu em fevereiro de 2017. Logo no início, Régis se surpreendeu com a demanda: cinquenta entregas diárias. Em novembro, já tinha juntado caixa suficiente para abrir a segunda unidade no bairro do Recreio, próximo à Tijuca. Atualmente, a hamburgueria possui mais de 170 unidades, espalhadas por 14 estados.
O crescimento rápido em seis anos teve como impulsionador a estratégia de franquias. Régis, que hoje é CEO do Grupo Burguês, iniciou o processo de franqueamento em 2019. “Sempre foi o objetivo inicial. Eu já tinha em mente que a expansão rápida e lucrativa seria por meio de parceiros com as franquias”, diz o CEO.
Enquanto lidava com os trâmites da franquia, Régis e os três sócios do negócio se depararam com um empecilho inesperado: o nome da marca já estava registrado e eles não poderiam usar. Inconformados, os quatro sócios se deslocaram por 564 quilômetros, até Piracicaba, para negociar a compra da marca da hamburgueria homônima. Conversa vai, conversa vem, ao retornarem para o Rio de Janeiro, a letra Z da patente anterior foi substituída por S e “O Burguês” se tornou oficial. Nos anos seguintes, o Grupo se consolidou ao somar as marcas Ex-Touro, O Fornês, Mozza, Sahur e Seu Vidal.